As ações da Americanas (AMER3) iniciaram o pregão desta quinta-feira (27) despencando, a empresa que está em recuperação judicial divulgou nesta quarta-feira (26) o balanço do quarto trimestre de 2024 (4T24).
No registro do último trimestre do ano passado, o prejuízo líquido foi de R$ 586 milhões, revertendo o lucro adquirido no mesmo período de 2023, sendo de R$ 2,56 bilhões.
Enquanto o lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado chegou a R$ 180 milhões. “O EBITDA ajustado evoluiu significativamente, demonstrando uma Companhia mais saudável operacionalmente”, diz a Americanas.
Segundo a varejista, mesmo com o resultado negativo no 4T24 ainda foi uma “melhora significativa” comparado ao mesmo período em 2023, onde o lucro teria sido impulsionado pelos impostos diferidos, sem isso o registro teria sido de um prejuízo de R$ 2,2 bilhões.
“O ano de 2024 foi marcado pela retomada do crescimento e melhora da rentabilidade do varejo físico e pelo redimensionamento dos esforços do digital”, comenta a empresa. Além disso, O endividamento também teve uma queda de 95,5% em 2024 ante a 2023, totalizando R$ 1,8 bi.
Por volta das 15h22 (horário de Brasília) os papéis caiam 25,52%, negociadas a R$ 6,74.
Recuperação Judicial das americanas
No judiciário a situação da Americanas (AMER3) continua em andamento a recuperação deve acontecer dois anos após começo do processo, afirma a diretora financeira Camille Faria. Ela ainda destaca que a finalização da reestruturação está no aguardo da avaliação e decisão do juiz responsável pelo caso.
Faria afirma que a empresa anda antingindo mais de 90% das métricas determinadas no processo de recuperação judicial, o que pode ocasionar no encerramento conforme o prazo médio esperado de dois anos.
Ademais, os números divulgados mostram que a dívida bruta da companhia se encontra em R$ 1,78 milhões. Uma soma dos passivos remanescentes da recuperação, os custos são de R$ 2,29 bilhões. No momento a varejista continua queimando caixa em razão de fatores como os custos, havendo “muitos créditos fiscais” a serem contabilizados no balanço, segundo a diretora financeira.