Na última sexta-feira (14), a SLC Agrícola (SLCE3) divulgou a aquisição de mais de 45 mil hectares físicos nos estados da Bahia e Minas Gerais, pelo valor de R$ 913 milhoes.
Em detalhes, foram 40 mil hectares no município de São Desidério, no estado da Bahia, no valor de R$ 723 milhões e cerca de 8 mil hectares no município de Unaí, em Minas Gerais, valendo R$ 190 milhões. A companhia ja operava em ambas as áreas, mas de forma arrendada passando para um área própria.
Os pagamentos serão realizado em duas parcelas, a primeira sendo liquidada na assinatura do contrato e a segunda, no caso da Bahia, em março de 2026. no caso do ativo em Minas Gerais, após superadas determinadas “condições precedentes”, afirma a SLC.
“Além da terra, também foram adquiridas toda a infraestrutura existente na fazenda (Pamplona), tais como silos, alojamentos, sede administrativa, armazéns e outros”, diz a empresa em comunicado.
Impactos das aquisições do SLCE3
Em análise, o BTG Pactual vê as aquisições das terras do SLCE3 como positiva, afirmando que a empresa aproveitou a oportunidade de equilibrar terras arrendadas e terras próprias, dinâmica natural do setor agropecuário. O banco enfatiza o crescimento da SLC nos últimos anos, também impulsionado por esse modelo de divisão de terras.
Analistas afirmam que mesmo 67% das plantações não estarem em área adquirida, o modelo de terras próprias oferece retornos mais estáveis, trazendo uma possível valorização do ativo no longo prazo. Ainda afirmam que por os hectares já fazerem parte da área arrendada, não gerará uma expansão significativa na área plantada da empresa.
O Bradesco BBI ressalta que as aquisições abaixo dos preços de mercado foram o principal mérito da operação, indicando que os valores pagos por hectare na fazenda nas fazendas da Bahia e Minas Gerais estão 43% e 37% abaixo da média do portfólio da SLC, respectivamente.
“esta última está indiscutivelmente com um desconto ainda maior para as terras agrícolas da região”, afirma o BBI.
O BTG Pactual mantém a recomendação de compra para os papéis da SLC Agrícola, com o preço-alvo de R$ 24, indicando uma potencial valorização de 29% em relação ao último fechamento na sexta-feira (14).
Já o Bradesco BBI manteve recomendação market perform (desempenho igual a média do mercado, equivalente à neutro) e preço-alvo de R$ 22.