Mesmo apresentando dados operacionais positivos nesta terça-feira (29), o BB Investimentos reajustou sua recomendação para as ações da Petrobras (PETR3;PETR4), passando de “compra” para “neutra”, mantendo o preço-alvo de R$ 48,50 para 2025, equivalente a uma alta de 59%.
A mudança vem após o banco avaliar o cenário do petróleo, que tem acumulado queda de 15% em abril, como agravante. Um dos motivos seria a guerra comercial entre Estados Unidos e China, que vem causando impactos no preço do combustível e consequentemente na demanda pelo produto.
Às 16h08 (horário de Brasília), o contrato mais líquido do Brent, referência global do petróleo, caia 3,68%, a US$ 60,95, com o barril chegando a ser negociado abaixo dos US$ 70 pela primeira vez desde 2021.
Seguindo a linha, os papéis preferênciais da Petrobras (PETR4) recuavam 1,60%, cotados a R$ 30,07, enquanto os ordinários (PETR3) caiam 1,51%, a R$ 32,06.
O analista do BB que assinou o relatório, Daniel Cobucci, prefere aguarda por uma confiança maior dos mercados referente a estabilização, antes de retomar a recomendação de compra.
“No entanto, com as condições atuais de piora nas perspectivas de comércio global e respectivo impacto no crescimento e demanda de petróleo, esperemos uma maior pressão nas cotações em todo o setor de O&G no curto prazo, o que sugere ser um bom momento para esperar melhores condições antes de retomar as compras nesse segmento.”, diz Cobucci.
Futuro das ações da Petrobras
Mesmo rebaixando as ações, o banco tem uma visão positiva para o futuro da companhia, que subiu 85% nos últimos dois anos, contra 29,4% do Ibovespa (Ibov), principal índice da bolsa de valores brasileira (B3).
Além disso, o BB Investimentos aponta que a Petrobras tem plano robusto de entrada de novas plataformas, baixo patamar de alavancagem, e políticas de dividendos e preços alinhadas aos pares globais, como vantagens estratégicas, pagando 45% do fluxo de caixa livre.
