Com as divulgações dos balanços do primeiro trimestre de 2025 (1T25), a Hypera registrou um prejuízo líquido de R$ 138,8 milhões durante o período. Entretanto, mesmo com o desempenho negativo as ações da HYPE3 não foram atingidas, em alta de mais de 9% nesta quinta-feira (24).
Durante janeiro a março, a receita líquida da empresa caiu 40,8% ante os mesmos meses no ano passado, fazendo com que o lucro líquido da época, de R$ 392 milhões, fosse revertido. No total o 1T25 foi finalizado com R$ 1,08 bilhão.
Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) das operações continuadas também ficou negativo, com R$ 148,5 milhões no período, comparado ao saldo positivo do primeiro trimestre de 2024 (1T24), de R$ 647,8 milhões. A margem recuou em 13,7%, em relação a margem anterior de 35,5%.
O que levou a HYPE3 a negativar o balanço e permanecer em alta?
Analistas apontam para o processo de otimização do capital de giro, que impactou de forma desfavorável o crescimento de vendas, e com isso, a rentabilidade da companhia.
“O impacto do ajuste de capital de giro resultou em uma queda significativa nas receitas e lucros, com a diluição de custos fixos sendo insuficiente para compensar a queda nas vendas.”, afirma o Safra, considerando que mesmo com esse problema, o resultado foi positivo, principalmente pela geração de caixa de R$ 570 milhões.
Para o Citi, o resultado foi fraco, porém, dentro das expectativas. “o P&L foi significativamente impactado pelo ajuste do capital de giro, o que arrastou o crescimento da linha superior e a rentabilidade.”, comenta.
Outro fator que contribui para essa queda, é a diminuição de vendas nas fármacias, a campanha de venda ao consumidor final (sell-out) cresceu apenas 6% nas vendas de varejo até então, 5,3 pontos percentuais (p.p.) abaixo do crescimento médio do mercado.
O Goldman Sachs sinaliza que as vendas continuam enfraquecendo, “a contínua pressão no sell-out é preocupante, pois pode impactar a capacidade da Hypera de sustentar a recuperação e a expansão de suas margens nos próximos trimestres”.
Às 14h08 (horário de Brasília), os papéis disparavam 9,42%, a R$ 23.