Com balanço da JBS (JBSS3) sobre o primeiro trimestre de 2025 (1T25) marcado para a próxima terça-feira (13), o Goldman Sachs e o Santander divulgam as previsões dos resultados referentes ao período.
Às 15h06 (horário de Brasília), as ações recuavam 3,61%, cotada a R$ 41,87.
Projeção do Goldman Sachs
Segundo relatório do dia 1º de maio, o Goldman Sachs aumentou sua estimativa de resultado operacional, com base nos números apresentados pela Pilgrim’s Pride Corporation (PPC) no dia 30 de abril, ficou evidente os fundamentos sólidos para o mercado de frango globalmente,mas a ação recuou devido às altas expectativas do mercado para margens do trimestre.
“A JBS oferece, na nossa avaliação, uma combinação atraente de bom momento de lucros, alguns riscos de alta em relação ao consenso, um evento positivo de curto prazo com seu processo de dupla listagem em andamento, e uma geração de fluxo de caixa bastante atrativa”, dizem os analistas Thiago Bortoluci e Nicolas Sussmann.
Eles afirmam que o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) deverá ser de R$ 9,3 bilhões no período, ficando 7% acima do estimado pelo mercado. Com projeção anual de Ebitda de R$ 39,2 bilhões, 3% acima das expectativas do Bloomberg, além de um rendimento de fluxo de caixa livre de 8%.
Já até 2027 a companhia deve gerar um volume de caixa de 24% de todo o seu valor de mercado atual, essa valor poderá ser usado para pagamentos de dividendos e investimentos em produtos com maior valor agregado.
“A JBS oferece uma combinação atraente de bom momento de lucros, possível superação das projeções de consenso, evento positivo de curto prazo com o processo de dupla listagem em andamento, e geração de caixa convincente”.
O banco americano mantém recomendação de compra para a JBSS3 com preço-alvo de R$ 54,20, potencial valorização de 23% ante valor atual na bolsa brasileira (B3), apontando para a diversificação do frigorífico como uma vantagem competitiva, já que suaviza os impactos de flutuações nos ciclos de cada negócio.
Santander observa risco do JBSS3
Em contrapartida ao Goldman Sachs, o Santander apresenta um redução ao Ebitda em relação a sua estimativa anterior, saindo de R$ 8,7 bilhões para R$ 8,6 bilhões, devido os resultados abaixo do esperado para PPC.
Os analistas aponta isso como um risco de baixa para o consenso de Ebitda de R$ 8,6 bilhões definidos pela JBS, considerando um cenário de desafios para PPC, as estimativas implicavam um Ebitda de US$ 565 milhões.
O banco também tem recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 58,00 devido “o progresso da JBS rumo à sua dupla listagem nos EUA e o diferencial de valuation em relação à Tyson Foods (EV/Ebitda de 6,4x em US GAAP para a JBS, vs. 8,4x para a Tyson)”, dizem Guilherme Palhares e Laura Hirata.
