Na situação atual das novas propostas de leis no Brasil, os fundos imobiliários (FIIs) podem ter um impacto muito positivo nos próximos meses, já que mudanças nas tributações podem levar investidores para o setor imobiliário.
Na última terça-feira (18) foi apresentado pelo atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad, uma minuta de projeto de lei que poderá garantir a manutenção de isenção de impostos para FIIs e Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (Fiagros), mantendo eles fora da incidência do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), e da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS).
Um contraponto para a tributação de 10% que ocorrerá sobre rendas e dividendos que ultrapassarem R$ 50 mil em nova proposta de ampliação do Imposto de Renda (IR).
Nessa caso, ativos isentos como fundos imobiliários e alguns outros títulos incentivados, não farão parte da base de cálculo desse novo tributo, fazendo com que os investidores migrem parte dos seus investimentos para FIIs, em busca de eficiência fiscal.
Projeção de alta para os Fundos imobiliários
A chegada dos chamados “super-ricos” no mercado de fundos, poderá provocar uma revalorização no setor, dado a dois motivos. A pressão da demanda, já que muitos migrarão de vez, e a profissionalização na cobrança por melhores práticas de gestão.
Já que esses investidores passarão a cobrar mais organização dos gestores, eficiência na alocação de capital e buscarão mais resultados e transparência por parte dos mesmos. O que no momento o FIIs tem sido criticado, devido emissões dilutivas e má gestão de portfólio.
Além de tudo isso, aqueles que ainda se encontram fora dos impostos também poderão sair lucrando nesse momento, pois com a entrada de novos empreendedores aumentará a liquidez do mercado secundário, a valorização de cotas existentes, impactando os rendimentos diretamente, e estimulando a criação de novos fundos e estratégias também.
Quando será aplicada a nova lei?
Atualmente, a proposta tem sido deixada de escanteio devido a aprovação do Orçamento de 2025, entretanto, é que a votação do veto ocorra ainda nesse primeiro semestre do ano, levando ao processo de aprovação do projeto de lei.
Enquanto a tributação dos “super-ricos”, já tem grandes chances de ser aprovada, passando somente por mais alguns ajustes de texto. Com isso, os FIIs caminham para a uma das fases mais positivas da última década, podendo beneficiar todos os cotistas.