As ações da holding educacional, Yduqs (YDUQ3), fecham o pregão com alta superior a 11%, registrando o maior ganho da Ibovespa dessa terça-feira (18).

O aumento é devido ao balanço do quarto trimestre de 2024 (4T24), onde a dona da Estácio e Ibmec apresentou um lucro líquido de R$ 13,8 milhões, uma reversão ao prejuízo de R$ 120,3 milhões registrado no mesmo período em 2023.

No critério ajustado a empresa somou R$ 61,8 milhões, um aumento de 433,3% na mesma base de comparação, totalizando R$ 341,2 milhões no lucro líquido do ano inteiro, um crescimento anual de 120,6%.

O lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foi de R$ 361,5 milhões no período, alta anual de 59,3%, com margem Ebitda de 28,5%, e uma elevação de 10,1 ponto porcentual (p.p.). O indicador ajustado fechou o trimestre com um crescimento de 14,6%, a R$ 395,2 milhões. Com isso, a margem teve subiu 3,2 p.p. chegando a 31,2%.

Os resultados foram 10% acima do esperado pelo Banco Safra, em consequência de uma margem positiva no segmento Educação à Distância (EAD). “O resultado final não atingiu nossa expectativa devido às despesas financeiras líquidas e impostos acima do esperado, mas acreditamos que os números operacionais positivos, inadimplência bem comportada e fluxo de caixa livre decente devem ofuscar essas perdas”, afirma o relatório assinado por Ricardo Boiati, Thiago Marmo e Rafael Une.

Entre outros resultados positivos, foram destacados a receita líquida de R$ 1,266 bilhão, representando um avanço de 3%, e um aumento de 0,9%, 1,319 milhão, no número de alunos. Além disso, a companhia recomprou mais de R$ 146 milhões em ações, projetando um dividendo adicional de R$ 150 milhões.

Na máxima do dia, os papéis registraram alta de 11,55% (R$ 12,75).

Análise dos resultados do YDUQ3 em 2024

Para a XP Investimentos, Itaú BBA e J.P Morgan, os resultados da empresa educacional foram positivos.

O J.P Morgan destaca a rapidez na geração de caixa, mesmo o mercado passando por tendências operacionais sazonalmente mais fracas na época o resultado foi de R$ 328 milhões, um rendimento de 10% sobre o preço dos papéis.

A XP diz que a receita dos estudantes do curso de medicina, considerados “premium”, teve um aumento de 19% em relação ao 3T24. Porém, o número ainda não superou as expectativas da corretora, ficando 2,3% abaixo do esperado.

“A base de alunos de medicina da Yduq3 aumentou no ano contra ano, seguindo o aumento e a maturação das vagas, enquanto a base de alunos de graduação do IBMEC cresceu na base anual com uma grande contribuição do ramp-up da unidade Faria Lima (SP). Além disso, os tickets aumentaram tanto nas faculdades de medicina quanto na graduação do IBMEC, 6% e 10% respectivamente”, comenta Raphael Elage e Danniela Eiger, no relatório da XP.

O Itaú BBA diz que as tendencias positivas de margens compensou o desempenho de receitas mais fraco da companhia, dando ênfase para a rentabilidade, impulsionada por controle de custos e despesas rígido, e a geração de caixa, que ajudou a manter estabilidade na dívida provocada pela empresa.

A Yduq3 afirma, “Antecipamos a vocês que 2024 seria o primeiro ano de um ciclo de crescimento significativo em lucratividade e retorno para os investidores, e entregamos exatamente isso. Atingimos, no ano passado, o primeiro conjunto de guidance anunciado, com resultados como o lucro líquido ajustado de R$ 480 milhões (+R$ 138 milhões a/a) e lucro por ação de R$ 1,73”.

XP Investimentos, Itaú BBA e J.P Morgan tem recomendação neutra para os papéis, com preço-alvo em R$ 29,70, R$ 11 e R$ 10,50, respectivamente.