Os fundos imobiliários XP Log FII (XPLG11) e CSHG Logística FII (HGLG11) realizaram algumas mudanças em seus portfólios na última sexta-feira (31).
Os ativos deverão se tornar sócios em breve após firmarem um acordo de compra e venda de dois condomínios logísticos localizados próximo ao Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro.
Em suma, por conta dos aluguéis médios dessa região ter subido bastante e o indicador de espaços vagos ter abaixado. O HGLG11 destaca que a dinâmica comercial da região permanece “muito desafiadora”.
A percepção é compartilhada pela XP, que afirma haver uma “competição predatória” por aluguéis cada vez menores em prol da locação da áreas.
Entretanto, os dois concorrentes HGLG11 e XPLG11, que são respectivamente o primeiro e segundo maior FII de logística do país em número de cotistas. Decidiram unir forças por meio de operações simultâneas de compra e venda, nas quais cada um dos dois fundos irá adquirir 49% do galpão que pertence ao outro FII, e uma parceria comercial.
“Foi desenvolvido entre as partes um plano de governança para que os interesses de administração e exploração dos imóveis estejam alinhados com o objetivo de entregar o melhor retorno para ambos os fundos. Tanto do ponto de vista de despesas, quanto do ponto de vista de receitas, gestão de demandas e investimentos”, diz o comunicado do HGLG11.
Qual é o ganho de capital do XPLG11 e HGLG11 com essa operação?
Para consolidar o acordo, o HGLG11 pagará R$ 88,27 milhões pela fatia no Syslog Galeão. O preço equivale a R$ 3.160 por metro quadrado e a gestão do XPLG11 estima um ganho de capital de R$ 17,3 milhões. Ou R$ 0,59 por cota, com a transação.
Contudo o XP Log comprará 49% do HGLG WL por R$ 79,7 milhões, ou R$ 3.386 por metros. Considerando o investimento feito no imóvel, o HGLG11 calcula que o negócio deve render um lucro de R$ 20,6 milhões, ou R$ 0,61 por cota.
O FII ainda deu mais detalhes sobre o retorno da transação. “O preço é 35% superior ao valor investido e 28% superior ao valor de laudo do imóvel em 2023 e taxa interna de retorno anualizada é de aproximadamente 15,6%, sem considerar eventuais correções nas parcelas.”