Inadimplente com seis fundos imobiliários os quais é locatária, a WeWork estaria contratando uma assessoria financeira para renegociar as suas dívidas nos próximos dias.
As informações, apuradas pelo Estadão, revelam que a empresa de coworking contratou o escritório Galdino Advogados como assessor jurídico e trata com a consultoria Alvarez & Marsal para atuar na parte financeira. Parte dos credores, segundo fontes, já estriam cientes da inciativa. O jornal diz ainda que a possibilidade de uma recuperação judicial não está descartada.
Os fundos afetados pela falta de pagamento dos aluguéis são SARE11, VINO11, TRNT11, RCRB11, VGRI11 e VVMR11.
Vale lembrar que a companhia passa por um processo de reestruturação, após uma crise financeira impulsionada pela covid-19 que afastou os clientes das mais de 700 unidades espalhadas por 39 países.
Saiba o impacto negativo nos ativos, segundo as próprias gestoras:
- SARE11 – R$0,05 por cota
- RCRB11 – R$0,11 por cota
- VVMR11 – R$0,19 por cota
- VGIR11 – 5,8% da receita do FII
- VINO11 – 5% da receita do FII
- TRNT11 – menos de 5% da receita
Sobre a WeWork
A WeWork chegou ao Brasil em 2017, com sua primeira unidade inaugurada em São Paulo, no bairro do Brooklin. A partir daí, a empresa expandiu rapidamente suas operações pelo país, abrindo diversos espaços de coworking em várias cidades brasileiras.
No dia 13 de junho, o VBI Real Estate (TRNT11) foi o primeiro FII a anunciar o calote no aluguel referente a maio.
Pouco tempo depois, no dia 28 de junho, foi a vez do Santander Asset e da Vinci Offices anunciarem, por fato relevante, que a WeWork estava com o vencimento de junho em aberto.
No caso do Santander Asset (SARE11), a locatária de quatro unidades no Edifício WT Morumbi, em São Paulo, não efetuou o pagamento do aluguel referente a maio de 2024.