A Vale (VALE3) anunciou nesta segunda-feira (31) a assinatura de um acordo com a Global Infrastructure Partners (GIP) com o objetivo de formar uma joint-venture (JV) — união de empresas capaz de proporcionar a criação de uma outra — com a Aliança Geração de Energia.
Quando a negociação for concluída, a Vale receberá quase US$ 1 bilhão, além de adquirir participação em 30% da nova sociedade, deixando os 70% restantes para a GIP.
A mineradora afirmou que com a transação garantirá “volume estratégico de geração de energia para manter a matriz elétrica, que é 100% baseada em fontes renováveis no Brasil” ainda disse que o négocio “garante custos de energia competitivos, com preços definidos em dólares americanos sem ajuste de inflação”.
Além disso, com a conclusão a Aliança Geração de Energia passará a consolidar os ativos de energia do parque solar “Sol do Cerrado” e a totalidade do “Consórcio Candonga” (Usina Hidrelétrica Risoleta Neves), em Minas Gerais, com seis outras usinas hidrelétricas no estado e três parques eólicos do Rio Grande do Norte e do Ceará.
“Estamos entusiasmados em formar esta parceria estratégica com a GIP, permitindo-nos acelerar o plano de descarbonização da Vale de uma forma mais eficiente em termos de capital. Esta plataforma recém-formada nos fornecerá soluções renováveis competitivas à medida que entregamos um futuro com uma pegada de carbono menor”, confirma CEO da Vale, Gustavo Pimenta.
Opinião do BTG sobre movimentação da VALE3
O acordo pode acabar ajudando a Vale com a administração da meta de dívida líquida, atualmente entre US$ 10 bilhões e US$ 20 bilhões. “Reconhecemos isso como um desenvolvimento positivo (ainda que pequeno), reforçando a capacidade da Vale de manter um dividend yield sólido em torno de 10%”, afirma os analistas do BTG, Leonardo Correa e Marcelo Arazi.
Às 14h31 (horário de Brasília), as ações da Vale (VALE3) alcançavam 1,68%, a R$ 57,65. No acumulado de 2025, os papéis da companhia acumulam alta de 6,4%, entretanto o BTG Pactual mantém a recomendação neutra, devido a uma expectativa mais negativa em relação ao minério de ferro.