A Tim (TIMS3) disparou no Ibovespa (Ibov) nesta terça-feira (6), ficando entre as maiores altas da sessão. A alta de 6,77%, a R$ 19,87 por volta das 17h13 (horário de Brasília), é devido o balanço positivo do primeiro trimestre de 2025 (1T25).
A operadora de telefonia registrou um aumento de 53,6% no lucro líquido entre janeiro e março desse ano ante mesmo intervalo de tempo no ano passado, o valor total foi de R$ 798 milhões, um patamar recorde para um ínicio de ano.
Já o lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado foi de R$ 3,08 bilhões no trimestre, crescimento de 6,7% sobre primeiro trimestre de 2024 (1T24).
Ambos ficaram dentro da média dos analistas, que esperavam um lucro líquido de R$ 702 milhões e um Ebitda de R$ 3,09 bilhões, de acordo com estimativas do LSEG. A companhia também teve expansão de cerca de 5% na receita líquida, de R$ 6,4 bilhões.
Ademais, o fluxo de caixa alcançou R$ 1,001 bilhão, expansão de 18,7%. A dívida líquida bateu R$ 11,0 bilhões, com alavancagem, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda, de 0,86 vez. “O ano começou com um apanhado de indicadores muito bons, especialmente na rede móvel, principal motor de crescimento da companhia”, diz Alberto Griselli, presidente da Tim.
Juros sobre capital próprio da Tim
Aproveitando o desempenho positivo, o conselho de administração da Tim também aprovou o pagamento de R$ 300 milhões em juros sobre capital próprio (JCP) aos acionistas, equivalente a R$ 0,124084855 por ação ordinária, que incide 15% de imposto de renda retido na fonte.
Atualmente a base de clientes do serviço móvel conta com 62 milhões usuários, crescimento de 1% no ano, mais especificamente, crescendo 9,5% na base de clientes no pós-pago contra a queda de 6,1% no pré-pago. A base de clientes de banda larga via fibra óptica (TIM Ultrafibra) também recuou 2%, caindo para 790 mil.
O pagamento do JCP acontecerá até o dia 23 de julho de 2025, com data de corte realizada no dia 21 de maio de 2025, ações adquiridas após esse período serão consideradas ex-direito do pagamento.
Perspectiva dos analistas sobre a TIMS3
Em consenso, os analistas definiram os resultados como “sólidos” e de acordo com o esperado. “A dinâmica operacional permanece convincente, seguindo tendências semelhantes aos trimestres anteriores. A recente rodada de reajustes de preços entre operadoras móveis deve sustentar um ambiente saudável para o cumprimento da meta de crescimento de receita”, afirma Bernado Guttmann, da XP Investimentos.
A XP aponta que o aumento de margem foi um dos principais pontos positivos no balanço do trimestre, além da forte geração de caixa.
Para o Goldman Sachs o desempenho acima do projetado para os serviços móveis compensaram os resultados abaixo do estimado em serviços fixos e vendas de aparelhos. O banco acredita que informações adicionais sobre essa reaceleração da receita e a estratégia de fusões e aquisições sejam assuntos a serem discutidos.
A XP Investimentos mantém recomendação de compra para o TIMS3, com preço-alvo de R$ 21,00, potêncial valorização de 12,8% ante último fechamento na segunda-feira (5).
Já o Goldman Sachs tem recomendação neutra, com preço-alvo de R$ 19,50, equivalente a alta de 4,8% na mesma comparação.
