O fiagro SNAG11, da Suno Agro, alcançou uma máxima histórica nesta terça-feira (15) ao ultrapassar o valor negociado de R$ 9,70, fechando o dia a R$ 9,73, segundo o Economatica, que levou em conta as cotações diárias ajustadas pela distribuição de dividendos.
Além disso, a terça-feira também foi marcada por ser a data de corte do fiagro para o mês de março, fechando após o pregão. O pagamento está marcado para o próximo dia 25, com dividendos de R$ 0,11 por cota, com base na cotação do último dia de fevereiro, de R$ 9,24, esse é o quarto mês consecutivo que o valor continua o mesmo.
Os impactos positivos na receita em meio a um cenário desafiador para o mercado de capitais, foram devidos a alta da taxa Selic, influenciando o dividend yield (redimento de dividendo) da distribuição de 1,19%. O SNAG11 performa com valorização anual de 5,55%.
Atuais perigos para os fiagros
O atual cenário é complexo para o mercado de Fiagros, consequência da guerra comercial entre os Estados Unidos e China, analistas alertam para um risco de queda da atividade econômica, além de uma possível desaceleração, que caso ocorra, levará a uma recessão global e um desinteresse dos investidores por ativos de risco.
Os fiagros também enfretaram uma crise em 2024, resultando em diversos pedidos de recuperação judicial. Já neste ano, embora a produção esteja sendo positiva com um provavél recorde de grãos, boa parte dos investidores demostram receio de entrar no mercado.
Isso acontece pois os mesmo seguem com os preços de mercado descontados ante valor patrimonial, como o SNAG11, que obteve fechamento na máxima ajustada de R$ 9,73, continuando com negociações abaixo do valor patrimonial por cota, de R$ 10,09.
SNAG11 atualmente
Obtendo alocação em títulos de credito atrelados a Certificado de Depósito Interbancário (CDI) no valor de patrimônio líquido de R$ 613 milhões, o fiagro da Suno Asset mantém 100% de adimplência na carteira desde sua listagem, ou seja, cumprindo com suas obrigações.
Segundo a gestão, isso ocorre devido a estratégia adotada em 2022, de alocar recursos de forma segura, buscando uma estratégia high grade — investimentos de baixo risco, mas também com pouco retorno — focando em uma boa rentabilidade.
Além de um monitoramento constante da capacidade de crédito de seus devedores, realizado com a ajuda da Serasa Experian, e acordos de acompanhamento da safra. Assim, descobrindo com antecedência o risco de inadimplência de algum produtor.