O fundo imobiliário SARE11, do Santander, anunciou um novo contrato de locação em meio a rumores sobre venda de imóveis do portfólio. A locadora, empresa do setor atacadista, ocupará galpão logístico localizado em Santo André (SP), com área de 23 mil metros quadrados, reduzindo 49% da vacância do ativo.
O comunicado foi enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), e o contrato é atípico com inicio imediato, ou seja, com prazos mais longos, sendo encerrado daqui 20 anos com a estimativa de uma renovação por mais 20.
Além disso, haverá uma carência de seis meses, com possível prorrogação de mais 30 dias em caso de atraso na obtenção das aprovações exigidas para a execução da reforma.
O imóvel deve gerar um impacto financeiro positivo de cerca de R$ 460 mil mensais para o SARE11, considerando o inicio da cobrança logo após a carência, segundo o comunicado. A gestão afirma que o valor negociado está dentro do avaliado nos padrões do mercado local.
Crise da SARE11 com WeWork
Essa ocupação do ativo marca uma reviravolta para o SARE11, que vinha sendo impactado pelo aumento da vacância dos imóveis e a inadimplência do WeWork — fornecedora de espaços de coworking — em 2024, que preenchia quatro andares do edifício WT Morumbi, localizado em São Paulo, pertencente ao portfólio de lajes corporativas do FII.
Com a falta de pagamento do aluguel os dividendos distribuídos aos cotistas foram diretamente atingidos, já que a WeWork era a quarta maior locatária do fundo, o que acelerou o movimento de reciclagem do portfólio.
Com isso, o fundo busca alternativas para alavancar as cotas e destravar os dividendos, como a venda do imóvel em Alphaville, localizado em Barueri (SP), parte de uma estratégia de reorganização.
Atualmente o fundo conta com três imóveis, o Galpão logístico em Santo André (SP), o edifício comercial Work Bela Cintra (SP), totalmente ocupado, e o WT Morumbi, localizado na Marginal Pinheiros (SP), onde possui 75% de participação.