Em reunião transmitida nesta sexta-feira (21) o chefe do Departamento de Eficiência Governamental dos EUA (Doge) e CEO da Tesla (TSLA34), Elon Musk, fez um pedido para que os funcionários não vendessem as ações da empresa após queda.

“Há momentos difíceis, um pouco de tempestade, mas estou aqui para dizer que o futuro é brilhante e emocionante”, afirma.

Com os papéis caindo mais de 40% o fabricante de carros elétricos reforçou os planos de avançar com carros autônomos (robotáxis), robôs humanoides e IA (Inteligência Artificial).

Antes do pregão dessa sexta-feira (21), as ações caíram até 1,4%, chegando a US$ 233,06, superando o recorde de US$ 479,86 em 17 de dezembro.

“É muito difícil para as pessoas no mercado de ações — especialmente aquelas que olham pelo espelho retrovisor, que é a maioria das pessoas— imaginar um futuro em que, de repente, uma frota de 10 milhões de veículos tenha de cinco a 10 vezes mais utilidade”, diz Musk.

Danos contra a empresa

Recentemente ocorreram diversos indicidentes envolvendo vandalismo e violência contra veículos Tesla e queda das ações, devido aos últimos posicionamentos políticos de Elon, levando ele a pedir pelo fim dos incêndios.

“Se você ler as notícias, parece o Armagedom. Não consigo passar pela TV sem ver um Tesla pegando fogo — Eu entendo se você não quiser comprar nosso produto, mas não precisa queimá-lo”, diz o CEO.

Além disso, a companhia vem enfrentando outros problemas, como a concorrência da China com o BYD, que promete ser a tecnologia de carregamento mais rápida do setor, como também o recolhimento dos Tesla Cybertrucks, devido à possibilidade de um painel externo cair, sendo a oitava solicitação de devolução de lote.

Suspense sobre o avanço da Tesla e queda

Os investidores andam cautelosos sobre os próximos passos da TSLA34 desde que o CEO do X e SpaceX vem se envolvendo cada vez mais com o governo Trump e deixando a empresa de lado.

Clientes da Tesla vem cancelando seus contratos de leasing, operação semelhante ao aluguel, mas com opção de compra no fim do contrato) ou devolvendo seus veículos.

Para o JP Morgan, a projeção é de 355 mil veículos entregues nesse trimestre, ficando 20% abaixo das expectativas, com isso o preço-alvo dos papéis foi reduzido para US$ 120.