O Bitcoin (BTC) apresenta baixa após taxas de Trump atingirem o mercado de ativos de risco, o setor de criptomoedas opera em queda nesta segunda-feira (7).
A moeda digital bateu US$ 74.524, menor cotação não somente de 2025, mas também o pior resultado desde novembro do ano passado. Por volta das 14h30 (horário de Brasília), o BTC chegava a -2,76%, a US$ 78.493.
As ações de empresas listadas dos Estados Unidos e vinculadas a criptomoedas também tiveram desempenho negativo, consequência da oscilação do Bitcoin, que vem ocorrende desde o chamado “Dia da Libertação”, iniciado na quarta-feira (2), pelo atual presidente dos EUA, Donald Trump, que aplicou diversas taxas para parceiros comerciais do país.
Embora o impacto não tenha sido direto, essas empresas vem sentindo o efeito das tarifas por conta das barreiras comerciais mais acentuadas em mais de um século, que vem atingindo a confiança dos investidores em todos os mercados.
“O sentimento de alto risco está anulando o otimismo em relação a um ambiente mais ameno para as moedas”, diz Susannah Streeter, chefe de dinheiro e mercados da Hargreaves Lansdown.
Queda do Bitcoin pós Donald Trump
Desde o ínicio do governo Trump até o atual momento, o Bitcoin já perdeu US$ 690 bilhões em valor de mercado, equivalente a 31,82% em depreciação, de acordo com Foxbit, corretora brasileira da principal criptomoeda.
O desapreço é um reflexo do mercado em torno das tarifas, e o medo de uma guerra comercial global que se criou. “Os investidores temem que a União Europeia possa seguir o mesmo caminho. Isso coloca o tarifaço de Trump em uma bola de neve que tende a crescer de forma rápida e intensa, espalhando o medo em todos os mercados”, diz Beto Fernandes, analista da Foxbit, sobre retaliação da China para importação de produtos norte-americanos.
“O mercado já parece estar atento a isso. Tanto que houve um aumento significativo das apostas para um corte de juros emergencial nos Estados Unidos para a reunião do mês que vem. Mesmo que isso possa potencializar a inflação, a redução dos juros pode favorecer uma certa dose de investimento, evitando uma recessão”, complementa Fernandes.