A Petrobras (PETR3;PETR4) esclareceu nesta quarta-feira (26) que ainda não decidiu sobre sua participação na Braskem (BRKM5). O aviso veio após a reportagem do “Valor Econômico”, que mostra um movimento de bancos que possuem ações da petroquímica como garantia de dívidas de cerca de R$15 bilhões.
Segundo o jornal, esses bancos estariam negociando juntamente com a Petrobras um novo acorde de acionistas na Braskem, produtora de produtos químicos, depois de decidirem alocar a futura participação acionária em um fundo.
Entretanto a empresa reitera ter feito due dilligence — processo de investigação e análise de uma empresa que busca identificar riscos e oportunidades — para eventual exercício de venda conjunta, tag along, ou direito de preferência, na hipótese de vendas das ações detidas pela Novonor, ex-Odebrecht, além de afirmar que continua estudando alternativas.
“A Petrobras reafirma que decisões sobre investimentos e desinvestimentos são pautadas em análises criteriosas e estudos técnicos, em observância às práticas de governança e aos procedimentos internos aplicáveis”, diz comunicado.
Por volta das 15h15 (horário de Brasília) os papéis da Petrobras subiam 1,26% (PETR3) e 1,19% (PETR4) a R$ 41,14 e R$ 37,48, respectivamente.
Enquanto as ações da Braskem (BRKM5) disparavam 9,87%, a R$ 11,80.
Bradesco BBI sobre a Petrobras
Antes mesmo do esclarecimento da Petrobras (PETR3;PETR4), o Bradesco BBI afirmou que não esperava a estratégia da Braskem fosse sofrer alguma alteração com a criação do fundo, o plano da empresa era se tornar mais enxuta e sobreviver ao ciclo de baixa do mercado.
“Também não esperamos que os bancos vendam suas ações tão cedo, dado o preço deprimido, e não vemos a Petrobras interessada em comprar a Braskem por enquanto, dada a alta alavancagem da empresa. Qualquer potencial M&A (fusões e aquisições) dependeria muito de melhores margens, para as quais atualmente há visibilidade limitada”, comenta o banco.