As ações da Lojas Renner (LREN3) sobem quase 7% no pregão desta sexta-feira (9) após balanço do primeiro trimestre de 2025 (1T25). Entre janeiro e março a companhia obteve um lucro líquido de R$ 221 milhões, alta de 58,7% ante mesmo período em 2024, ficando acima do projetado pelo mercado.
Às 17h02 (horário de Brasília), os papéis subiam 5,12%, a R$ 16,23, chegando a mais de 7% na máxima do dia.
Nos resultados do trimestre o desempenho operacional, medido pelo lucros antes dos juros, tributos, depreciação e amortização (Ebitda) total ajustado de R$ 585,2 milhões, teve aumento de cerca de 55% ante primeiro trimestre de 2024 (1T24). Além de uma margem bruta de varejo de 55,1% na mesma comparação.
Já os custos de venda tiveram alta de 10,6% no 1T25, com vendas digitais subindo 15% e a receita líquida 12%, a R$ 2,76 bilhões, as receitas operacionais avançaram 8,6% chegando a R$ 1,14 bilhão.
O caixa líquido foi de R$ 1,2 bilhão, redução de R$ 619,4 milhões em comparação ao registrado em dezembro de 2024. A Renner justifica a queda com os R$ 500 milhões gastos na recompra de ações e com o pagamento de juros sobre o capital próprio (JCP) durante o quarto trimestre de 2024 (4T24). Ademais, a empresa liquidou a 12ª emissão de debêntures no valor de R$ 532 milhões.
Projeção da LREN3 para o 2T25
Pensando nos próximos meses, as Lojas Renner (LREN3) estima um segundo trimestre de 2025 (2T25) mais forte que o primeiro, sendo impulsionado pelo clima favorável e pelo calendario comercial.
“Abril e maio do ano passado foram meses mais quentes da história. Nesse ano temos temperaturas muito adequadas à estação”, afirma o presidente-executivo, Fabio Faccio, que também espera uma margem de lucro no mínimo estável para o ano e diz que esta sexta-feira (9) e sábado (10) serão o pico de vendas do período devido o dia das mães no domingo (11).
BTG e Santander opinam
Ainda sobre o balanço do 1T25, o BTG Pactual classifica-o com um crescimento de vendas sólido, superando as suas expectativas, além de um Ebitda que também agradou.
O principal ponto para os analistas do banco foi o aumento da margem bruta do varejo para 55,1%, para eles mesmo em um cenário de inflação, altas taxas de juros e pressão cambial, essas porcentagens foram valorizadas por uma gestão de estoques mais eficiente. “Além disso, a recuperação parcial dos preços também contribuiu para esse crescimento”, avaliam.
Nos últimos 3 meses as ações subiram 29%, o BTG enfatiza que a junção de números sólidos e tendências melhores para o 2T25 deve manter a alta dos papéis. O banco tem recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 16.
Enquanto o Santander diz que a Renner teve um desempenho positivo referente a lucratividade, por meio do crescimento saudável das vendas e pela alavancagem operacional, que já tinham previsão otimista.
Segundo a equipe de analistas do banco, liderada por Ruben Couto, na maioria das linhas operacionais seguiu o lucro, tendo crescimento também, os resultados seguiram o Ebitda ajustado consolidado que teve crescimento de 30% ante 1T24.
“Os números acima do esperado vieram da aceleração das vendas no varejo, da expansão robusta da margem bruta, da diluição de despesas operacionais e de uma forte recuperação da Realize”, apontam os analistas. O Santander tem recomendação de compra para o LREN3, com preço-alvo de R$ 18.