Pela primeira vez no ano, Ibovespa alcança a marca dos 130 mil pontos nesta segunda-feira (17). Às 15h40 (horário de Brasília), subia 1,58%, aos 130.996 pontos.
Com as ações da Petrobras (PETR4) entre os destaques avançando 2,43%, o Ibovespa começava o dia com viés positivo, perto dos 129 mil pontos. No mesmo período, a Vale (VALE3) subia 1,58%, e Itaú (ITUB4) com ganhos de até 1,95%.
De acordo com o estrategista-chefe do Grupo Laatus, o ganho é devido fatores externos, como a elevação das bolsas americanas, valorização dos papéis ligados a commodities ou principalmente motivos ligados à China, que divulgou uma estratégia para elevar o consumo interno e promover crescimento da renda salarial.
“As medidas chinesas tendem a aumentar a demanda e o Brasil está amarrado no para-choque da China. Se o país acelerar, estimula aqui, mas há muita incertezas sobre as tarifas dos Estados Unidos. O mercado não tem um horizonte. Não dá só para ficar em cima só do fator China, é muito pouco. Incerteza é a palavra da vez”, comenta o estrategista-chefe.
Segundo analistas do Itaú BBA, “O Ibovespa segue indefinido no curto prazo, mas a um passo de retomar a trajetória altista — Se conseguir ultrapassar…129.600 pontos, retomará a trajetória de alta e abrirá caminho para seguir em direção a 132.300 e 137.469 pontos”, dizendo que do lado da baixa, é possível encontrar suporte em 125.300 e 122.000 pontos.
Futuro do Ibovespa e taxa Selic
As expectativas para essa quarta-feira (19) só aumentam, data em que ocorre a chamada “Super Quarta”, apelido do mercado para o dia em que o comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) no Brasil, que deve elevar a taxa Selic em 1 ponto percentual (passando de 13,25% para 14,25%), e a reunião do comitê de política monetária nos Estados Unidos (Fomc) coincidem.
Com isso, a atenção será voltada para a decisão da Copom e os próximos passos da política monetária, em relação a preocupações com a inflação de alimentos e em serviços.
Nos EUA, o Federal Reservel fez uma parada técnica no final de janeiro, ápos corte de 100 pontos base em taxas de juros no final de 2024, o que deixou os juros entre 4,25% a 4,50%. Uma decisão parecida é esperada para essa quarta-feira.
