Cotistas do Fundo imobiliário HCTR11 estão descontentes com os resultados do ativo e buscam convocar uma assembleia extraordinária para discutir uma possível troca de gestora.
Um grupo de mais de 2 mil cotistas do fundo imobiliário Hectare CE, também conhecido como HCTR11, está se movimentando para convocar uma assembleia e discutir a troca da gestão do ativo, que hoje é feita pela Hectare. A mobilização dos investidores foi feita por meio de grupos no Whatsapp e teve início na primeira semana de março. Até o momento, foram reunidos donos de cerca de 5,6% das cotas do fundo, conforme os organizadores.
O movimento nasceu de maneira espontânea por parte de pequenos investidores que relatavam em redes sociais e em fóruns na internet o descontentamento com a gestora do fundo. “Alguns desses cotistas decidiram criar um grupo para discutir os problemas e resolveram coletar os dados para ver se conseguiriam o percentual suficiente para propor uma assembleia”. Disse o advogado Dalmo Bezerra, um dos membros do grupo ao portal Valor Econômico.
O que diz a gestora?
A Hectare não comentou o caso. O HCTR11 tem 187,2 mil cotistas e R$ 2,5 bilhões de patrimônio líquido, conforme dados do relatório gerencial mais recente, de janeiro. Ele é um dos mais populares fundos imobiliários “de papel”, ou seja, que compram certificados de recebíveis imobiliários (CRIs) e outros títulos imobiliários. O foco do fundo são papéis de risco mais alto, com maior chance de inadimplência, mas em compensação, com maior remuneração.
Em suma, até esta quarta-feira, pouco mais de 2 mil cotistas cadastraram suas cotas na planilha do grupo de investidores descontentes. O próximo passo, segundo os organizadores, deve ser solicitar um segundo cadastro em um site seguro para a comprovação dos dados.
Sobre o HCTR11
Recentemente a Vórtx, administradora do HCTR11 diz que auditoria do FII se sentiu ‘insegura’ ao avaliar contas da emissora Gramado Parks. Para a B3, fundo não descumpre regras que justifiquem a deslistagem.
Em última instância, a falta de aprovação nas contas do HCTR11 pode levar a uma suspensão de comercialização de cotas pela CVM. Em seu regulamento, a autarquia prevê, além de advertências e multas, a suspensão de venda de cotas de fundos de investimento para casos considerados graves. Como, por exemplo, “dificultar o conhecimento da real situação patrimonial ou financeira” de administradoras ou gestoras.
Em suma, é esperado que o ativo recupere pelo menos parte do que derreteu, porém esse processo será a médio/longo prazo como diz a gestão do ativo.
Essa notícia contém trechos retirados do site Valor Econômico. Segue o link para a notícia completa: https://valor.globo.com/financas/noticia/2024/03/13/cotistas-do-fundo-imobiliario-hctr11-se-mobilizam-para-destituir-hectare-da-gestao.ghtml