HCTR11 está caindo, ativo alega que não apresentou resultado em novembro. O fundo imobiliário opera com forte queda na sessão desta quarta-feira (11). Às 17h, as cotas da carteira registravam perdas de quase 22%.
A queda ocorre um dia após o HCTR11 anunciar que não haverá distribuição de dividendos em dezembro. Conforme aviso aos cotistas divulgado nesta terça-feira (10).
“Em relação ao mês de novembro de 2024, informamos que não haverá distribuição de rendimentos [em dezembro] pois o fundo não apresentou resultado”, diz o comunicado.
Na sexta-feira passada (6), o fundo já havia avisado que o pagamento dos proventos dependeria da apuração do resultado até o sétimo dia útil de dezembro, que corresponde ao dia 10. Agora, a administradora do FII confirmou que irá pagar proventos neste mês.
Considerado um FII de “papel”, que investe em títulos de renda fixa, o HCTR11, que está caindo, tem o patrimônio alocado predominantemente em certificados de recebíveis imobiliários (CRI). Nos últimos anos, alguns papéis da carteira sofreram com uma inadimplência em série.
O que vem por aí para o HCTR11?
A decisão do HCTR11 de zerar os dividendos traz à tona questões importantes sobre o impacto da nova regulamentação da CVM no mercado de FIIs.
Para os investidores, o caso destaca a necessidade de uma análise criteriosa ao investir em fundos imobiliários, especialmente aqueles de perfil high yield, que podem oferecer retornos elevados, mas estão sujeitos a maiores riscos de inadimplência e volatilidade.
O histórico de dividendos do HCTR11 revela um comportamento típico dos Fundos de Investimento Imobiliário focados em recebíveis, como os CRIs.
A distribuição de rendimentos pode variar bastante conforme o desempenho dos ativos subjacentes.
Em 2024, o FII realizou uma série de aquisições e reestruturações que contribuíram para um aumento de 65% nos dividendos, refletindo uma estratégia voltada para a recuperação financeira e a otimização dos rendimentos.
No entanto, essas ações também envolvem riscos, como a possibilidade de sobrecarregar o Fundo com ativos que eventualmente possam não performar como esperado.