O mercado ficou eufórico após tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, dólar se encontra em queda chegando a R$ 5,60 na mínima do dia, enquanto principal índice da bolsa brasileira (B3), Ibovespa, sobe.
A quinta-feira (3) tem sido de muitas oscilações, com a moeda norte-americana operando em recuou ante real e outras moedas no mundo, representando um reflexo do anúncio de Trump, que vem causando receio crescente de uma recessão no país.
“Em função da possibilidade de recessão, os investidores passam a buscar segurança em outras moedas e ativos, como o iene e o ouro”, aponta diretor de câmbio da Correpatti Corretora, Jefferson Rugik.
Por volta das 16h00, o dólar a vista chegou a cair 0,73% contrariando o Ibovespa, a R$ 5,61, já o índice DXY, medidor do dólar perante cesta de divisas globais, caía 1,52% a 102,09 pontos, menor cotação desde setembro do ano passado.
Em contraponto, o Ibovespa contraria o mercado internacional, no mesmo horário, o índice que começou o dia oscilando teve alta de 0,21%, a 131.459,31 pontos. Com isso, alguns futuros cenários ja vem sendo formados diante uma guerra comercial.
Ibovespa x Dólar
Caso os conflitos comerciais continuem, poderá ocorrer uma desaceleração na economia dos Estados Unidos e mundial, causando impacto em ativos de risco, incluindo o Brasil.
“Uma desaceleração da economia americana reduz a demanda global, aumenta a aversão ao risco e provoca fuga de capital para ativos mais seguros, prejudicando mercados emergentes como o Brasil”, diz XP Investimentos.
Além disso, o desempenho do Ibovespa hoje tem sido bastante impressionante, já que as ações das duas maiores empresas que fazem parte do índice operaram em queda nesta quinta-feira (3). Por volta das 16h20 (horário de Brasília), as ordinárias da Vale (VALE3), caíam 3,20%, a R$ 55,11, enquanto a Petrobras (PETR3) operava em queda de 3,48%, a R$ 39,40.
A queda já era esperada pelos investidores, “No caso brasileiro, temos um cenário um pouco diferente, principalmente por dois motivos: o Brasil recebeu o menor volume de tarifas, de 10%, o que poderia trazer atratividade para as empresas locais perante seus demais concorrentes globais em cenários de exportação para os EUA”, aponta Fernando Ferrer, sócio da Lifetime Investimentos e chefe da mesa de renda variável.
A taxação mínima de 10% pode impactar produtos brasileiros vendidos aos EUA como o petróleo bruto, aço semiacabado e café.