Popular no setor, a criptomoeda Mantra (OM) derreteu 90% do seu token no domingo (13), saindo de US$ 6 por unidade para apenas US$ 0,40, deixando os investidores preocupados com uma possivel manipulação no mercado, já que ainda não foi apresentado um motivo concreto sobre a queda.
No dia 7 de abril o projeto, investido pela Laser Digital, anunciou um fundo de US$ 108 milhões em função de impulso para o ecossistema. Já na manhã de domingo, 13 de abril, o token era negociado acima de US$ 6 por moeda, valendo cerca de US$ 6 bilhões no mercado.
Entretanto, ao meio-dia grandes volumes do OM passaram a ser descartados, fazendo o preço cair para US$ 1 cada, onde mais tarde passou a ser de US$ 0,50, mesmo momento em que o grupo oficial no Telegram foi deletado. Em 30 minutos os US$ 6 bilhões evaporaram.
Mesmo com as acusações de golpe, a moeda digital continua operando, sendo possível encontra-las nas principais plataformas de ativos digitais. Às 15h02 (horário de Brasília), a Mantra (OM) disparava 51,48%, a US$ 0,79, acumulando uma queda de 84% na semana.
Visão geral sobre a Mantra, houve manipulação?
O confudador da Mantra, John Patrick Mullin, publicou nas redes sociais que os movimentos foram causados por “liquidações forçadas e imprudentes” iniciadas por corretoras focadas em criptomoedas nas contas de detentores da OM.
“O momento e a profundidade da queda sugerem que um fechamento muito repentino das posições das contas foi iniciado sem aviso ou notificação suficientes”, afirma Mullin, acusando as plataformas de negligência ou “posicionamento intencional de mercado” no momento do derretimento, por ser em horários de baixa liquidez do mercado.
O analista da Nord Research, consultora de investimentos, Luiz Pedro Andrade de Oliveira, comentou que “Tendo em vista os movimentos recentes, não enxergamos uma oportunidade de alocação no momento. Não sugerimos comprar Mantra (OM) neste preço, dada a atual configuração do ativo”.
“minha sugestão, pra quem ainda tem Mantra, é vender, abraçando o prejuízo. O ‘jogo’ da tokenização (RWAs) passa em primeiro lugar pela credibilidade. Difícil Mantra recuperar a credibilidade com os grandes players do mercado tradicional depois do ocorrido”, complementa Andrade.
Ele explica que antes mesmo da crise, a carteira já havia zerado sua posição na moeda em 15 de fevereiro deste ano, com lucro de 941%, “O que motivou nossa saída do ativo foi o movimento de valorização expressiva sem motivo aparente”, diz o relatório da casa.