Em assembleia nesta sexta-feira (25), acionistas do Carrefour França decidiram fechar o capital da divisão brasileira do atacado, o Carrefour Brasil (CRFB3), com isso ela ficará permitida de emitir somente títulos de divída, como debêntures.
A aprovação não teve a porcentagem divulgada, porém segundo fontes do Estadão, o percentual teria sido de 59% dos votos a favor e 41% dos votos contra, com um baixo número de abstenções. A proposta de preço por ação da companhia foi elevada de R$ 7,70 para R$ 8,50, pela divisão francesa, após questionarem o valor original ofertado.
A nova cotação representa um prêmio para os acionistas de 46,2% ante VWAP (preço médio ponderado por volume) das ações no último mês antes de 10 de fevereiro de 2025 e 39% sob VWAP dos três meses anteriores ao mesmo período.
Inicio da proposta do CRFB3
A proposta foi lançada em fevereiro pelo Carrefour França, com a intenção de unir 67% da participação da divisão francesa, com as ações subsidiárias brasileiras, fazendo os papéis fecharem o capital na bolsa brasileira (B3).
Foram oferecidas três opções para a troca dos papéis, a Classe A com pagamento unitário de R$ 8,50 em dinheiro, Classe B com mudança no valor de pagamento para R$ 4,25, porém com adição das ações do Carrefour França, e por último a Classe C com transferência de 100% para as ações francesas. Eles terão o prazo de 15 dias para a decisão, do dia 28 de abril a 12 de maio.
Alguns dias antes da reunião, dois acionistas decidiram zerar suas participações na companhia, uma delas foi o GIC, com venda dos papéis (2,4%) em leilão na B3 no dia 17 de abril, resultando em R$ 425 milhões, cotado a R$ 8,38. Antes, a Península, empresa de investimentos da família Diniz, vendeu 4,9%, levantando cerca de R$ 850 milhões, com preço médio de R$ 8,20, zerando a sua participação.
A decisão veio após ser reconhecido que a família Diniz não poderia participar da votação, devido acordo de acionistas com o Carrefour França, onde também é acionista.
