O bitcoin já alcançou o seu topo? o Ativo está cada vez mais ganhando popularidade quando se fala de investimento, principalmente após a regulamentação dos ETF’s nos Estados Unidos e as recentes falas do CEO da principal gestora de ativos no mundo, a BlackRock.
O CEO da BlackRock, Larry Fink em uma entrevista à ”Bloomberg”, disse que o bitcoin (BTC) pode ser utilizado como proteção na carteira de quem está com medo de uma desvalorização cambial muito forte e que a moeda digital pode valer até US$ 700 mil se muitos investidores institucionais aderirem a esta tese.
Mas afinal, o que é o bitcoin?
O bitcoin é uma moeda descentralizada e escassa que opera através da blockchain com um limite de fornecimento de 21 milhões de unidades. As transações de bitcoin são verificadas por um sistema tipo prova de trabalho, onde os mineradores competem para adicionar novos blocos à blockchain, sendo incentivados a fazer isso mediante a recompensa do ativo por cada bloco minerado. A escassez é o que faz o preço do ativo, sendo que mais de 94,5% da oferta de bitcoin já foi emitida, conforme mostra a linha azul do gráfico abaixo.
Um evento interessante para explicar o funcionamento do bitcoin, é o halving. O halving reduz pela metade a recompensa que os mineradores recebem a cada bloco minerado que acontece a cada 210 mil blocos, o que se dá aproximadamente a cada 4 anos. Isso faz com que o bitcoin seja deflacionário, contribuindo para sua escassez. Atualmente a inflação do bitcoin é de 0,8% ao ano.
Um dos principais indicadores que o bitcoin costuma seguir é o M2 Global. O M2 Global é uma medida da oferta de moeda no mundo. É uma forma de avaliar a liquidez global e a disponibilidade de dinheiro nas principais economias do globo. Normalmente quando o M2 global sobe, o preço do bitcoin sobe logo na sequência. O M2 global voltou a subir recentemente, o que podemos concluir que o preço do bitcoin subirá muito em breve.
O MVRV, indicador este que avalia o valor de mercado do bitcoin em relação ao seu valor realizado, costuma identificar períodos em que o bitcoin está super ou subvalorizado. Atualmente, não temos indícios de supervalorização (topo) do Bitcoin, uma vez que o MVRV está em 1.99, abaixo do pico dos topos anteriores.
Os investidores institucionais, além de diversas empresas, estão acumulando bitcoins através de ETF’s. Podemos observar no gráfico abaixo, a forte injeção de capital nos ETF’s desde janeiro de 2024.
Como investir em bitcoin e o ativo já chegou no seu topo?
Uma das formas mais populares de se investir em bitcoin é através do ETF IBIT gerido pela BlackRock. O IBIT da BlackRock é um ETF de bitcoin que permite que os usuários obtenham exposição aos movimentos de preço do bitcoin sem possuir a criptomoeda .Um ETF de bitcoin à vista mantém o bitcoin real como seu ativo subjacente, fornecendo uma forma regulamentada para os usuários participarem dos movimentos de preço do bitcoin. Para se expor a esse ETF, o investidor pode abrir uma conta em alguma corretora que tenha acesso à bolsa de valores de Nova York.
A partir desses indicadores, acredito que o bitcoin ainda não chegou no topo do atual ciclo. O mercado como um todo está muito volátil, por conta da onda tarifária imposta pelo presidente dos Estados Unidos para diversos países, o que pode impactar nos preços de curto prazo do ativo.
Historicamente o indicador Pi cycle top tem sido eficaz em identificar topos de mercado do bitcoin. Esse indicador usa a média móvel de 111 dias ( que captura as tendências de preço do bitcoin no curto prazo) e a média móvel de 350 dias multiplicada por 2 ( que identifica movimento de preços no longo prazo).
A razão da média móvel de 350 dias e de 111 dias se assemelha ao número Pi da matemática (3,142), por isso o nome Pi cycle top. Essa correlação com o número pi é a base do indicador e de sua metodologia. Quando a média móvel de 111 dias subiu e cruzou para cima a média móvel de 350 x 2 coincidiu com o topo do preço do bitcoin nos últimos 3 ciclos. Se nesse ciclo a história se repetir, o preço do ativo pode atingir 150 mil dólares até o final do ano de 2025.