A bolsa de valores brasileira (B3) divulgou nesta quinta-feira (27) ter assinado um memorando de entendimento (MoUs) com as bolsas de valores de Xangai (Shanghai Stock Exchange) e de Shenzhen (Shenzhen Stock Exchange), localizada na China. Permitindo a conectividade de fundos de índice (ETFs) entre os países, via ETF Connect.

O programa tem como intuito aumentar as oportunidades de investir, para isso é utilizado ETFs listados reciprocamente entre China e Brasil, assim aumentando a relação entre as bolsas.

A B3 informa ainda que a assinatura dos memorandos com os índices SSE e SZSE, fortalece a parceria a longo prazo entre os países.

A viabilização aconteceu devido um memorando assinado no ano passado, acordado entre a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a Comissão Reguladora de Valores Mobiliários da China (CSRC), sendo impulsionado após decisões de ambos os governos sobre focar em cooperação em finanças, segundo declaração conjunta emitida em 20 de novembro de 2024.

Como funcionará parceria entre B3 e bolsa da china?

No princípio, o programa possibilitará que ETFs voltados para índices chineses sejam listados na B3, somado a listagem de ETFs que seguem o Ibovespa da China.

Assim, as gestoras de ativos de ambos países irão trabalhar para a futura listagem dos novos ETFs. Atualmente, Bradesco Asset Management e Itaú Asset Management estão negociando junto a contrapartes do país asiático para que viabilize a participação, segundo B3.

“Estamos em um estágio avançado no lançamento de nosso produto, e este acordo chega em um momento muito oportuno para viabilizar o projeto. A sinergia entre Brasil e China, reforçada pelo programa ETF Connect, não só atende às demandas atuais de diversificação dos investidores, mas também cria oportunidades de longo prazo. Enxergamos esse projeto como uma plataforma para expandir nossa presença em mercados chave e aumentar a atratividade do mercado de capitais brasileiro. Essa iniciativa traduz nossa visão de futuro, em que inovação, performance consistente e parcerias internacionais andam juntos”, diz Ricardo Eleuterio, diretor da Bradesco Asset Management.

No momento a China possuí 18 ETFs lançados em parcerias semelhantes a essa apresentada, em conjunto com outros mercados da Ásia, como Japão, Singapura e Hong Kong. Fazendo com que o Brasil seja a primeira nação fora do continente.