As ações da Vivara (VIVA3) disparam nessa quarta-feira (19), após balanço do quarto trimestre de 2024 (4T24), sendo um dos maiores destaques do dia na Ibovespa. Por volta das 16h00 os papéis subiam 9,25%, cotados a R$ 19,48.
Em resultados divulgados, o lucro líquido da empresa foi de R$ 299,4 milhões, um crescimento de 91,9% comparado ao mesmo período do ano anterior. O total anual chegou a R$ 653,393 milhões, com uma alta de 71,4% na mesma comparação.
Já o lucro antes de juros, impostos, amortizações e depreciação (Ebitda), totalizou R$ 338,5 milhões no 4T24, alta de 50,4%. Enquanto no acumulado o avanço foi de 42,5%, R$ 833,2 milhões. Segundo Icaro Borrello, CEO da joalheria, esse é o maior Ebitda desde a abertura de capital da empresa.
No total as ações da vivara contemplam 456 lojas no Brasil (265 Lojas Vivara, 180 Lojas Life e 11 Quiosques) e uma no Panamá, sendo 23 delas inauguradas nos últimos três meses do ano, com um aumento de 14,7% na base de clientes ativos em comparação do período de 2023 à 2024, atingindo 2 milhões de pessoas.
Avaliação dos resultados das ações da Vivara
Para o J.P Morgan os resultados foram fortes, dando ênfase para o crescimento de margem bruta e melhora nas despesas. Além de chamar a atenção para a redução na queima de caixa e as tendências positivas da alavancagem operacional. “O crescimento dos estoques da Vivara está mais relacionado à valorização dos preços do ouro e da prata do que do volume de vendas”, explica.
As mudanças na contabilidade de custos de produtos vendidos foi o motivo dessa redução de queima de caixas, está alinhada às práticas de reconhecimento dos setores de varejo e indústria. Porém a abertura de 40 a 50 novas lojas Vivara ficaram abaixo das expectativas do Banco, que projetava 55 novas unidades.
O BTG Pactual também confirma o impacto positivo, apesar dos números da receita terem sidos desacelerados. Destacando que o aumento das vendas da companhia, foi impulsionado por uma melhor alocação dos estoques nas lojas.
“Embora os resultados ainda tenham sido decentes e os números operacionais tenham ficado em linha com o esperado, sinalizamos que o mercado deve monitorar o espaço para a expansão da margem bruta este ano, bem como o ritmo de recuperação do capital de giro e a maturação das iniciativas de reestruturação – todos pontos fundamentais para uma expansão de múltiplos das ações”, diz o banco.
O BTG mantém recomendação de compra para os papéis, com preço-alvo de R$ 32,00 para os próximos 12 meses, uma valorização de 80% comparado ao fechamento anterior.