A PetroRecôncavo (RECV3) anunciou os resultados do quatro trimestre de 2024 (4T24), levando a uma queda de 83% em comparação ao mesmo período do ano anterior.

A operadora de petróleo e gás reportou um lucro líquido de R$ 32,4 milhões no 4T24, com um total de R$ 437,5 milhões no ano, uma retração de 38%, em relação ao quarto trimestre de 2023 (4T23).

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foi de R$ 402,9 milhões, uma alta anual de 63%, com um avanço de 12 pontos percentuais (p.p.) de margem, saindo de 35,8% para 42,8%. No acumulado o resultado foi de R$ 1,643 bilhão, crescimento de 29% comparado ao ano anterior.

Para a companhia os aumentos são resultados da redução dos efeitos hedges de petróleo, além do aumento da taxa de câmbio, sendo parcialmente amenizados pela redução no preço do petróleo tipo Brent.

Por volta das 13h30, as ações da RECV3 caiam 2,49%, a R$ 16,03.

Opiniões dos analistas sobre o RECV3

Segundo BTG Pactual a empresa manteve uma boa geração de caixa com crescimento abaixo do esperado por conta de uma disciplina financeira positiva.

Os analistas dizem que o Ebitda acabou 7% menor que o esperado, por conta da produção ser menor no período e a queda nos valores do petróleo.

Entretanto, a PetroRecôncavo conseguiu manter uma geração de caixa robusta de R$ 135 milhões, isso mostra que a companhia pode aumentar pagamentos aos acionistas ou aumentar suas produções por meio de adquirições.

Já o Goldman Sachs afirma que a produção foi conforme o esperado, porém com o acumulado de 2024 menor que as expectativas. Com a receita unitária seguindo a variação dos valores do Brent, diante os custos de extração elevado diante do maior número de falhas e quebras no trimestre, levando à redução da margem Ebitda ajustada.

O BTG tem recomendação de compra para os papéis da companhia, com preço-alvo em R$ 25, e o Goldman Sachs mantém recomendação neutra, com preço-alvo de R$ 20 e uma possível alta de 25%.