Fechando os balanços do quarto trimestre de 2024 (4T24), as ações do Cruzeiro do Sul (CSED3) operaram entre as maiores baixas da bolsa de valores brasileira (B3) após resultados do período.

Por volta das 15h40 (horário de Brasília), os papéis caiam 5,53%, a R$ 3,59. Chegando a recuar 9,79% nas mínima do dia.

A empresa informou que o prejuízo líquido foi de R$ 9,8 milhões no trimestre, uma reversão ao lucro líquido do mesmo período no ano anterior, de R$ 6,9 milhões. Enquanto o acumulado do ano teve um contraponto, registrando lucro de R$ 186,5 milhões, uma alta de 72,5%.

Já o lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado, chegou a R$ 162,3 milhões, crescimento de 6% ante quatro trimestre de 2023 (4T23), com a margem em 24,5%, 1 ponto percentual abaixo da base anual. Alcançando R$ 766,3 milhões no total do ano, 12,0% acima de 2023.

Segundo a companhia a margem anual de 29,8% foi “impactada, principalmente, pelo aumento dos gastos com tecnologia e pela atualização da carteira de recebíveis recorrente”.

Ademais, a receita líquida consolidada foi de R$ 662,7 milhões no 4T24, 10,6% maior que em 2023. Com a dívida líquida da companhia em R$ 774 milhões no mesmo período, aumento de 4,3% ante 4T23.

Avaliação do balanço do CSED3

Para o BTG Pactual, os resultados foram “mistos”, com uma redução da dívida líquida, porém prejudicados por itens não recorrentes.

O banco aponta o lado positivo como o crescimento “razoável” de receita líquida e Ebitda ajustado “levando a uma leve redução da dívida líquida, apesar da sazonalidade desfavorável e acima das nossas estimativas”.

Enquanto considerados como negativos, ficaram o Ebitda e o lucro líquido por não terem atingido a expectativa determinada pelo banco.

O BTG mantém recomendação de compra para as ações do Cruzeiro do Sul (CSED3), com preço-alvo de R$ 6,50.

“A Cruzeiro do Sul combina uma sólida geração de fluxo de caixa livre, uma alta distribuição de dividendos, com yield anualizado de 10%, e um balanço patrimonial menos alavancado. Além disso, a ação está sendo negociada a múltiplos atrativos, com um preço/lucro de aproximadamente 5x para 2025”, afirma.