O Carrefour Brasil (CRFB3) aprovou um aprimoramento dos termos de proposta, incluindo troca de ações, para fechar o capital da empresa na bolsa brasileira (B3). O conselho de administração da companhia também remarcou a Assembleia Geral Extraordinária (AGE) com o intuito de mudar a transação para o dia 25 de abril.

Com as mudanças, cada ação preferencial de classe A terá o valor reajustado para R$ 8,50 para o resgate, anteriormente R$ 7,70, um aumento de cerca de 10% da oferta aos acionistas minoritários.

Os novos reajustes equivalem a 46,2% ante preço médio ponderado por volume dos papéis no mês anterior a 10 de fevereiro, um dia antes do anúncio de deslistagem, nos últimos três meses antes da data a porcentagem era de 39%.

Às 14h22 (horário de Brasília), o CRFB3 subia 10,77%, a R$ 8,23, enquanto na máxima do dia alcançava 11,57%, no total de R$ 8,29.

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aponta em comunicado, que o resgate da ação preferencial classe B será realizado mediante pagamento em dinheiro, de R$ 4,25. Diferente do classe C que será feito por troca de papéis do Carrefour S/A ou em Brazilian Depositary Receipts (BDRs), certificados de depositos emitidos no Brasil que representa uma ação de companhia aberta sediada no exterior.

“A nova relação de troca concede a todos os acionistas a oportunidade de garantir liquidez em termos justos, com prêmio de 46,2% e de 39% sobre o preço médio das ações da companhia no último mês anterior a 10 de fevereiro de 2025 e nos últimos três meses anteriores a 10 de fevereiro de 2025, respectivamente”, diz o atacado.

Ações Carrefour: Avaliação da nova oferta

Para o JP Morgan a operação será aprovada na AGE, e que os termos aprimorados devem impulsionar as ações, com uma projeção de valorização de 14% na opção 100% em dinheiro.

O JP acredita que o bloqueio da transação não é um cenário possível, principalmente depois da segregação por conta da participação da Península, levando 2,4% dos papéis elegíveis para voto na assembleia.

Já o Bradesco BBI comenta que a oferta é uma tentativa de redução a incerteza sobre uma potencial rejeição de proposta, equivalente a ofertar um ganho mais alinhado com o desempenho definido como positivo nas recentes ações das varejista.

“a percepção de risco em torno da aprovação da operação ganhou força”, diz BBI ao opinar em torno do barulho realizado por acionistas minoritários em reação à proposta inicial.

O JP Morgan e Bradesco BBI permanecem com recomendação neutra com preço-alvo de R$ 7,70 e R$ 7, respectivamente.