As ações do Assaí (ASAI3) operam em queda nesta terça-feira (15), devido o pedido de renúncia de Vitor Fagá de Almeida ao cargo de vice-presidente de Finanças e de Relações com Investidores.
Às 14h11 (horário de Brasília), os papéis recuavam 2,14%, cotados a R$ 8,24. Mais cedo a queda era maior que 3%.
Para ocupar o lugar, o atual diretor de tesouraria, Aymar Giglio Jr., assumirá a posição de diretor financeiro junto a sua função atual, enquanto o Conselho de Administração da companhia escolheu Belmiro Gomes para o cargo de diretor de Relações com Investidores ao lado de Gabrielle Castelo Branco Helú, diretora de RI não estatutária. Gomes também acumulará funções, mantendo a posição de diretor presidente da companhia.
Em ambos os cargos, os empregados serão interinos enquanto não acontece um processo de seleção para definir os novos membros.
Analistas avaliam decisões da ASAI3
O Itaú BBA diz que o mercado ficou surpreso diante da saída do executivo, para os analistas, Almeida era cada vez mais uma figura relevante na empresa, principalmente em reuniões para investidores e em criações de estratégias.
Entretanto, o banco aponta que com o histórico dos interinos, os danos serão amenizados. “A empresa enfrenta agora o desafio de decidir entre contratar um nome externo ou efetivar uma transição interna definitiva”, aponta.
Segundo o Assaí, Aymar é formado em administração de empresas pela Fundação Getulio Vargas (FGV), e já acumula mais de 40 anos de experiência nos setores de varejo, finanças e serviços financeiros.
Mesmo com Vitor Fagá sendo considerado uma peça chave para a montagem de estratégias, o JP Morgan aponta que as mudanças não terão muito impacto sobre essas questões, porém aumentará ruídos em torno da execução dos trabalhos.
Para o banco, Fagá foi o responsável por extender o perfil de dívida da empresa como forma de gerar tempo para a redução gradual da alavancagem financeira.
O BBA tem recomendação de compra para o ASAI3, com preço-alvo para o final do ano de R$ 11, escalada de quase 30% ante último fechamento, enquanto o JP Morgan tem recomendação neutra, com preço-alvo de R$ 8, 5% menor que na segunda-feira (14).