A OIBR3 atingiu um valor de mercado de R$ 941,78 milhões. O nível mais alto desde que a empresa entrou com um novo pedido de reestruturação de dívidas.
Em mais um pregão de forte valorização, os papéis ordinários da Oi entraram em leilão após uma disparada superior a 10% na B3. Elevando o valor de mercado da Oi para R$ 941,78 milhões, esse é o nível mais alto desde que a empresa entrou com o novo pedido de reestruturação de dívidas.
Com os ganhos do pregão, as ações OIBR3 acumulam uma alta de 125,8% em fevereiro. No ano, porém, os papéis ainda somam perdas da ordem de 30%.
A OIBR3 comunicou nesta quarta-feira que um fundo gerido pela Trustee DTVM passou a deter 5,14% das ações da operadora de telecomunicações e sinalizou a intenção de contribuir para melhoria na estrutura administrativa da companhia, que está em seu segundo processo de recuperação judicial.
“Trata-se de um investimento, que tem a intenção de contribuir junto a empresa, autoridades, reguladores, poder judiciário do Rio de Janeiro, credores e a estrutura administrativa da empresa, em uma ampla solução para o soerguimento” da Oi, afirmou a Trustee em carta à operadora.
E como vai a recuperação judicial da OIBR3?
Na semana passada, a 7ª Vara Empresarial do Estado do Rio de Janeiro publicou edital de convocação para assembleia geral de credores (AGC) da Oi. Em 5 de março, às 11h, para deliberar sobre o plano de recuperação judicial da empresa.
Vale lembrar que a companhia passa por sua segunda RJ para lidar com passivos da ordem de R$ 44 bilhões, contraídos com cerca de 159 mil credores.
Em 2022, a empresa já havia encerrado a sua primeira recuperação judicial, iniciada em 2016. Depois que a operadora acumulou R$ 65 bilhões em dívidas com 55 mil credores.
A companhia já foi tida como uma “campeã nacional” durante o primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mas sucumbiu a uma primeira recuperação judicial em 2016, quando foi forçada a vender ativos. Atualmente a Oi se encontra em seu segundo processo de proteção contra credores.