Na última segunda-feira (05 de agosto) percebemos uma forte volatilidade e queda de inúmeros ativos, no Japão e em diversas bolsa de valores espalhadas pelo mundo. O índice Nikkei caiu 12% em um único dia, já a Nasdaq, o S&P500 e o índice Bovespa, caíram respectivamente, 3%, 2.95% e 0.45%.
Quais os reais motivos por trás dessa queda?
Primeiramente, na semana passada o Banco Central do Japão (BoJ) aumentou de forma surpreendente as taxas de juros, essa decisão foi devida a necessidade de valorizar a moeda japonesa de forma a estabilizar a economia. O Yen Japonês vinha sendo fortemente desvalorizado, pelo motivo que os investidores vendiam Yenes no mercado para investir e ganhar com as altas taxas de juros em outros países. Com o aumento de juros no Japão, o custo de financiamento aumentou e assim muitos investidores começaram a desfazer as posições. Esses foram obrigados a recomprar os Yenes resultando em uma queda da bolsa japonesa.
O fortalecimento do Yen reduziu a competitividade dos produtos japoneses que são exportados no mercado internacional, dessa forma o mercado de ações japonês caiu fortemente.
Contudo na semana passada, saíram os dados de emprego dos EUA, mostrando um desempenho extremamente fraco, indicando possível desaceleração na economia dos Estados Unidos. Medo de recessão fez com que os rendimentos dos juros futuros dos Estados Unidos caíssem abruptamente, à medida que os investidores buscaram segurança.
O que podemos fazer sobre essa queda da bolsa do japão?
Quando os investidores se deparam com algum ‘’crash’’ no mercado, o melhor a fazer é não sair vendendo os ativos no pânico. O ideal é sempre montar uma posição considerável de caixa e ir fazendo aportes para aproveitar as oportunidades. Quando ocorrem esses eventos, os grandes investidores compram bons ativos a preços mais baixos, justamente dos investidores que venderam em pânico. Uma posição equilibrada no portfólio ajuda o investidor a sobreviver no mercado financeiro.